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Após nos despedirmos do encantador Fervedouro Beija-flor, partimos rumo ao Fervedouro Bela Vista, em uma jornada que se revelou a mais longa do dia: mais de uma hora de estrada, entre paisagens áridas do Cerrado e trilhas que testam a paciência, mas prometem recompensas inigualáveis.
Quando finalmente chegamos, fomos surpreendidos pela transformação do local. Lembro-me de minha primeira visita em 2016, quando a estrutura era mínima e o acesso, quase selvagem. Hoje, o Bela Vista se apresenta como um refúgio organizado, com quartos simples para hospedagem, uma piscina natural convidativa e até uma pequena área de apoio para visitantes – um equilíbrio entre conforto e preservação ambiental.
O fervedouro em si é um espetáculo à parte. Considerado o maior da região, com cerca de 15 metros de diâmetro e uma profundidade que chega a impressionantes 80 metros (equivalente a um prédio de 25 andares!), suas águas cristalinas são alimentadas por nascentes subterrâneas que brotam com força, criando um efeito de flutuação mágica.
Naquele dia, porém, a coloração habitual – um azul turquesa hipnotizante – estava alterada. As chuvas recentes trouxeram tons esverdeados, como se a natureza quisesse nos lembrar de sua constante mutação. Mesmo assim, a beleza era incontestável.
Uma das novidades que mais nos chamou a atenção foi a torre de observação, construída estrategicamente para permitir vistas aéreas do fervedouro. Subir seus degraus foi como ascender a um mirante natural. De cima, a imensidão do poço revela-se em toda sua grandiosidade, um convite a fotos que desafiam a perspectiva comum.
Confesso: mesmo com lentes grandes, foi difícil enquadrar toda a extensão do fenômeno. Quem visita não pode deixar de experimentar esse ângulo – é como contemplar um portal para o centro da Terra.
Tivemos a sorte de desfrutar do local quase em total solitude por um bom tempo. Aproveitamos para voar o drone, capturando imagens aéreas que destacam o contraste entre o verde do Cerrado e o círculo perfeito das águas.
Mas a natureza pregou uma peça: ao manobrar o equipamento, fui surpreendido por um grupo de andorinhas que, provavelmente defendendo seu território, quase interceptaram o voo. Foi um momento de adrenalina e risos, um lembrete de que ali somos apenas visitantes.
A estrutura atual do Bela Vista vai além do básico. Além da hospedagem, que parece priorizar o eco-turismo com construções rústicas e integradas à paisagem, há uma piscina natural alimentada pelas mesmas águas puras do fervedouro, perfeita para relaxar após um dia de aventura.
Notamos também placas educativas sobre a flora e fauna locais – o que reforça a importância de preservar o Cerrado, bioma que abriga espécies únicas, como o lobo-guará e as sempre cobiçadas sempre-vivas, matéria-prima do artesanato em capim dourado, símbolo do Jalapão.
Para quem planeja ir, recomendamos visitar na estação seca (de maio a setembro), quando as águas estão mais transparentes. Mesmo assim, as chuvas de verão trazem seu próprio encanto, com a vegetação mais verdejante. E, claro, respeitem as normas do local: leve seu lixo de volta, evite protetores solares não biodegradáveis e mergulhe sem agitar as águas, para preservar a magia desse ecossistema frágil.
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