Trilha da Cachoeira da Fumaça (Vale do Capão): o que fazer na Chapada Diamantina (BA)

Tempo de leitura: 4 minutos

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A trilha da Cachoeira da Fumaça é uma das trilhas mais famosas e deslumbrantes da Chapada Diamantina, localizada no Vale do Capão, Bahia. A Chapada Diamantina é conhecida por sua beleza natural e paisagens deslumbrantes, e a trilha da Cachoeira da Fumaça oferece uma experiência única para os amantes da natureza e entusiastas de caminhadas.

O primeiro dia de viagem pela Chapada Diamantina já foi bem movimentado. Chegamos de madrugada depois de 8 horas de estrada saindo de Salvador. Só deu tempo de dormir um pouco e nos preparar para o dia.

Durante a madrugada choveu bastante, então estávamos preocupados se conseguiríamos aproveitar bem o atrativo, porém assim que amanheceu o tempo abriu e ficou lindo. Tomamos café da manhã na pousada e nos deslocamos até o local onde começa a trilha da Cachoeira da Fumça, que não era tão distante.

Chegamos à ACVVC (Associação dos Condutores de Visitantes do Vale do Capão), onde recebemos as instruções para a trilha, assinamos o livro de presença e fizemos uma doação por pix para ajudar a galera que faz o trabalho voluntário na região (não é obrigatório).

A trilha para a Cachoeira da Fumaça é considerada desafiadora e exige um bom condicionamento físico, pois envolve uma caminhada de ida e volta com 12km de extensão e um desnível de 350 metros. O horário de visitação à cachoeira é de 08h às 13h, com tempo estimado de 5 horas de percurso, dependendo do ritmo e das paradas ao longo do caminho. Enfrentamos terrenos bem variados, incluindo subidas íngremes, trilhas rochosas e algumas partes escorregadias.

A Cachoeira da Fumaça é uma das cachoeiras mais altas do Brasil e uma das maiores do mundo, com uma queda d’água de aproximadamente 380 metros. O nome “Fumaça” vem da aparência da água que, ao cair de uma grande altura, se dispersa no ar, criando uma aparência semelhante à fumaça. Tem vezes que ela até sobe, sendo a única cachoeira do Brasil que “cai pra cima”.

O início da trilha já tem uma subida mais cansativa, então a dica é ir fazendo com calma, descansando e sem pressa para não cansar muito, pois ainda tem muito tempo de caminhada. Com pouco tempo já somos contemplado com uma vista bem bonita e ao longo de toda trilha tivemos vários mirantes.

O clima estava muito louco, apesar de ser época de seca. Estava um sol bem forte, de repente dava uma rajada de vento e começar a chover. Isso aconteceu diversas vezes. Então, não façam como eu, que levou corta vento impermeável pra viagem e acabou deixando na pousada.

Durante a trilha, os caminhantes têm a oportunidade de apreciar a flora e fauna únicas da região, incluindo diversas espécies de plantas, pássaros e possivelmente outros animais nativos. Além disso, a vista panorâmica ao longo da trilha é espetacular, proporcionando uma visão ampla da paisagem da Chapada Diamantina.

Depois que passa a subida a trilha fica bem tranquila, pois o trajeto fica quase todo plano. Chegamos ao primeiro mirante depois de 2 horas de caminhada. Nele temos uma vista privilegiada da Cachoeira da Fumaça e de todo o vale, quase de frente para ela. Ficamos um bom tempo nele aproveitando o visual e descansando.

Deste ponto era possível ver as pessoas no mirante principal, que estava cheio. Nós estávamos sozinhos neste outro, um grande achado do nosso guia, Vini (@guiachapadadiamntina).

No caminho para o segundo mirante o tempo virou novamente. Veio um vento com muitas nuvens e chuva bem gelada. Nos abrigamos e esperamos ela passar um pouco. No trajeto, tivemos que atravessar uma parte pelo rio.

Chegando no mirante ficamos encantados. Ele possui 400 metros de altura e fica acima da queda d’água da Cachoeira da Fumaça. Nele é possível ficar bem na ponta para tirar fotos com a cachoeira, claro que com todo cuidado. Demos sorte e conseguimos ver o fenômeno da água subindo.

No caminho de volta, a gente parou em um local chamado Toca da Maternidade, onde nasceu a filha de um garimpeiro, que é um lugar para tomar banho de rio quando está calor e também para fazer um lanche e se recompor antes de encarar a descida final.

Descemos todo o mesmo caminho que fizemos na ida e de lá partimos para um outro atrativo da região, a Cachoeira do Ribeirinho, que mostraremos em outro vídeo.

Confira o vídeo:

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