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Em julho de 2018 fomos convidados pela Agência Aventureiros para conhecer os principais atrativos de Bonito, no Mato Grosso do Sul. Um dos passeios que mais nos agradou foi o da Estância Mimosa, uma fazenda que possui uma reserva de proteção ambiental, fazendo com que toda sua natureza seja muito preservada.
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Neste artigo, vamos explicar detalhadamente como é a trilha para as cachoeiras do local e que tipos de atividades são possíveis de fazer na Estância Mimosa.
Sobre a Estância Mimosa
A Estância Mimosa é uma fazenda que possui uma fauna incrível, para você ter uma ideia são mais de 250 espécies de aves e 32 de mamíferos catalogadas. Ela fica a 24km de Bonito e você pode pode realizar diferentes atividades no local.
Assim que chegamos, atravessamos sua porteira e fomos em direção à chácara. Em frente a ela tem um lago com vários jacarés e outros tipos de animais. Também vimos uma anta por lá. Ele fica bem frente ao restaurante, onde iríamos almoçar. Então almoçamos olhando para esses bichinhos.
Ainda na chácara, a gente fez o nosso cadastro com as informações que eles solicitam e o seguro, caso a gente tenha algum problema no decorrer da trilha. Isso é mais preventivo mesmo.
Atrativos da Estância Mimosa
Além da trilha para as cachoeiras, na Estância Mimosa você ainda possui outros atrativos como, por exemplo, o passeio a cavalo e a observação de aves. Infelizmente não pudemos fazer nenhuma das duas atividades por falta de tempo.
Outra coisa que considero um atrativo do lugar é sua culinária. Você não pode perder o almoço caseiro do lugar. A comida é preparada no fogão a lenha e tem aquele temperinho que você só encontra em fazendas. Para sobremesa, o incrível doce de leite que eles fabricam é imperdível. Chego a salivar só de lembrar! rs
Trilha para as Cachoeiras da Estância Mimosa
Antes de começar o passeio, a gente vai até um ponto onde recebemos as informações de como será a trilha. O guia responsável explica exatamente o roteiro que iremos fazer e as cachoeiras que visitaremos.
Neste mesmo lugar você pode alugar as botinhas de borracha (R$ 7,00), que você pode entrar na água com elas, e evitar ficar tirando e colocando seu tênis o tempo inteiro. Ela também vai proteger seus pés das pedras que estão no fundo de algumas cachoeiras. Acredite, isso economiza um bom tempo de trilha e o valor do aluguel é revertido para instituições de caridade.
Você também pode alugar armários para deixar suas coisas e fazer a trilha com mais tranquilidade. O aluguel é R$10,00 e dá para dividir com mais pessoas, pois ele é bem espaçoso. Além disso, o valor também é revertido para instituições de caridade.
O passeio dura cerca de 4 horas e tem várias paradas para banho. A trilha tem cerca de 2.800 metros de extensão e passa por 1 mirante e 8 cachoeiras, sendo 7 para banho.
Saímos do lugar onde recebemos as instruções e pegamos uma van até o ponto onde a trilha começa de verdade. Nessa parte tem uma placa indicando o início e é onde nos reunimos para as últimas instruções antes de começar o passeio.
A trilha é muito bem marcada e sinalizada. Durante todo o caminho o guia responsável pelo grupo vai contando a história do lugar, mostrando a fauna e flora da região. Nessa primeira parte podemos ver uma nascente de rio e toda peculiaridade da mata ciliar.
Cachoeira da Água Doce
A nossa primeira parada foi na Cachoeira da Água Doce, que possui uma queda bem generosa. Ela é uma das mais bonitas do percurso e ficamos cerca de 20 minutos nela. Uma pena que no dia que visitamos o tempo estava nublado, bem friozinho e a água bem gelada também, o que dificultou bastante para ter coragem de aproveitar todas as quedas.
Mirante
Saindo da cachoeira, seguimos a trilha suspensa e começamos a subir uma escadaria. Em um determinado ponto existe uma bifurcação que virando a direita, você vai para o mirante que dá para ver algumas cachoeiras. Seguindo em frente, você continua na trilha até o ponto onde existe um deque de madeira para pegarmos um barco.
Descendo o rio de barco
Ao chegar no deque você pode escolher se vai descer o rio de barco ou vai continuar a andar pela trilha. O guia nos disse que ela é bem íngreme e recomendou a ir de barco, que seria mais divertido.
Entramos no barco e descemos o rio remando com a ajuda do guia. Durante o caminho, vimos a Cachoeira do Surucuá, que não é aberta para banho. Nessa parte do passeio foi onde vimos mais animais, tinha jacaré na beira do rio, passando bem pertinho do nosso barco e vários tipos de aves diferentes. Essa foi a parte que mais gostei de todo o passeio.
Cachoeira do Sinhozinho
Descemos do barco em outro deque e pegamos uma trilha bem curtinha para a melhor cachoeira do passeio, a Cachoeira do Sinhozinho. Sem dúvidas ela é a mais bonita e no horário que fomos ainda tinha o sol batendo nela, o que ressaltou ainda mais sua beleza. Ficamos por cerca de 30 minutos por lá, voltamos para o deque para subir o rio novamente e voltar a trilha até a Cachoeira da Água Doce.
Cachoeira do Sol
Deste ponto começamos a subir a trilha e pegamos o outro caminho da bifurcação. Em pouco tempo chegamos na Cachoeira do Sol, que fica logo acima da Cachoeira da Água Doce. Ela tem a maior piscina para banho de todas as cachoeiras e sua queda d’água também é bem generosa, uma das maiores de todo o complexo. Se a gente tivesse chegado nela com sol, daria para ter aproveitado mais ainda.
Cachoeira do Mutum
Voltamos para a trilha e subimos até chegar em uma parte onde existe uma rede de trilhas suspensas toda em madeira, com 4 cachoeiras. Ela tinha acabado de ser reformada pois em fevereiro de 2018 tinha acontecido uma grande chuva que destruiu toda a estrutura anterior.
A primeira cachoeira que paramos nessa parte foi a do Mutum. Ela é a que tem o maior volume de água dessas 4 cachoeiras.
Cachoeira do Salto
Logo ao lado da Cachoeira do Mutum está a Cachoeira do Salto, que recebe esse nome pois possui um plataforma de 6 metros de altura para pular para o poço. Infelizmente, no dia que fomos não pulamos devido às obras na estrutura.
Cachoeira do Desejo
Dizem que essa cachoeira realiza seus desejos quando você entra na gruta que fica atrás da queda d’água, por isso ela recebeu esse nome. Quando visitei, ela tinha duas quedas separadas e estava muito bonita.
Cachoeira do Saí-Andorinha
A última cachoeira que passamos foi a do Saí-Andorinha, que tem esse nome devido a um pássaro nativo da região. Ela é a menor de todas as que visitamos, mas dá uma massagem muito boa nas costas.
Fim de passeio
Depois de passar as 4 horas fazendo a trilha e aproveitando as cachoeiras, chegou a hora do fim do passeio. Pegamos a mesma trilha para voltar até o ponto onde iniciamos e de lá a van até a chácara da Estância Mimosa, onde fomos recebidos com um lanchinho de fim de tarde.
Dicas
- Alugue as botinhas para fazer a trilha, além do valor ser revertido para caridade, é bem mais prático do que ficar tirando e colocando o tênis a cada cachoeira que você para.
- Vá com roupas bem leves, você vai entrar na água o tempo inteiro.
- Compre o doce de leite da fazenda. Além de ser muito gostoso, você vai ajudar o lugar a se manter. Você vai poder prová-lo como sobremesa do almoço.
- Caso você não saiba nadar, peça o colete salva-vidas, algumas cachoeiras são fundas e não dão pé.
- Você pode levar um calçado próprio, mas eu recomendo o aluguel das sapatilhas que eles oferecem.
- Tente iniciar o passeio próximo a hora do almoço para pegar todas as cachoeiras ainda com sol.
Como chegar?
A Estância Mimosa Ecoturismo localiza-se na Rodovia MS 178 à 24 km de Bonito (MS). Deixei aqui em baixo o mapa com a localização e você pode ver o melhor caminho para chegar lá, a partir do ponto onde você se encontra.
