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Se você planeja ir a Curitiba nas próximas férias, saiba que a menos de 100 km da cidade há outra região que vale muito a pena conhecer, como é o caso da pacata Ponta Grossa.
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Localizado na cidade, o Parque Estadual de Vila Velha, é um local com imensa área de proteção ambiental. Por conta disso, é possível encontrar inúmeras espécies raras de animais e vegetação nativos da região.
É possível, por exemplo, sair de Curitiba e passar o fim de semana em Ponta Grossa, aproveitando as belas paisagens do parque e também conhecendo alguns outros pontos da tranquila cidade no Paraná.
Sobre isso vamos conversar neste artigo.
Continue lendo para saber o que é o Parque Estadual de Vila Velha e por que você deveria conhecê-lo um dia!
Sobre o Parque Estadual de Vila Velha
Localizado em Ponta Grossa, o parque não está distante da capital paranaense. Por ser a principal programação da cidade, muitos turistas se dirigem à cidade para uma viagem curta com o objetivo principal de conhecer esta atração.
Entre as principais vistas do parque, encontram-se as formações geológicas naturais, esculpidas pelo tempo e também pelas modificações naturais decorrentes das erosões que ocorreram no local.
Tais acontecimentos deram origem a grandes e exuberantes pedras que despertam a atenção e a curiosidade dos visitantes que observam os formatos, o tipo de pedra e como também a origem e a história desse material.
Além disso, a área também conta com outras formações naturais que impressionam aos turistas e estão entre as grandes surpresas do parque.
Como chegar?
Saindo desde Curitiba de carro, é necessário percorrer viagem em sentido a Ponta Grossa através da rodovia BR-376 que liga as cidades. Alugamos um carro em Curitiba e saímos por volta das 08h30 em direção à Ponta Grossa. De acordo com o GPS a gente levaria cerca de 1 hora na estrada para chegar até lá. No caminho, passamos por dois pedágios que somados custaram 15 reais.
Entretanto, caso você esteja sem veículo ou não queira ir conduzindo até a cidade vizinha, há opções de transporte público que realizam o trajeto, como é o caso da empresa Princesa dos Campos, que realiza o trajeto em até 2h30, aproximadamente.
É necessário, contudo, estar atento aos horários do transporte para não ficar sem opções para voltar à capital.
Horário de funcionamento
Com exceção das terças-feiras, o Parque Estadual de Vila Velha está aberto durante os outros dias da semana de 8h30 às 15h30 e é necessário estar acompanhado de guia. (saiba mais no site do parque)
O local é composto por outros parques interiores, portanto é necessário obter os bilhetes para cada uma das atrações.
Lembrando que há lugares com capacidade máxima de visitantes, portanto se programar para chegar no início é sempre uma boa ideia.
No local, é possível também encontrar estacionamento e banheiros, além de um estabelecimento comercial que realiza a venda de pequenos objetos com referência ao parque.
O que fazer no Parque Estadual de Vila Velha
Ao chegar no parque, estacionamos o carro e fomos em direção à bilheteria para já garantir os ingressos e reservar os passeios para os dois atrativos. Eles tem hora de saída então é bem importante você ter isso em mente na hora da compra.
Além destas programações, é também possível realizar outras atividades que necessitam de agendamento prévio, como as caminhadas noturnas, trilhas e também os circuitos de cicloturismo.
As programações são pagas individualmente e oferecem desconto de 50% para as categorias habituais. Estudantes, funcionários públicos e doadores de sangue têm direito à meia entrada. Nós pagamos 38 reais para fazer os dois passeios.
Arenitos
O primeiro passeio que fizemos foi para conhecer os Arenitos. O ônibus que leva até o atrativo sai de 15 em 15 minutos. Descendo do ônibus recebemos uma grande explicação do guia sobre toda a história do parque e das formações rochosas da região. Era muita informação.
Conhecido como Arenitos, esta área do Parque Estadual apresenta o famoso parque geológico com as formações de pedras em formatos naturais e bastante curiosos.
A palavra Arenitos faz referência direta à origem das pedras, pois são formadas em decorrência de erosão e sedimentos, garantindo a formação de esculturas naturais. Pelas áreas do parque, é possível encontrar turistas que enxergam diversas figuras no formato das pedras.
Ao longo de todo percurso haviam guias em pontos estratégicos para nos dar orientações e explicações. Também pudemos observar diversas formações rochosas curiosas como: Camelo, Sid da Era do Gelo, Rinoceronte, Garrafa de Coca-Cola, cabeça de índio, etc. Dá pra usar bem a imaginação e a criatividade.
Entre animais e objetos de referência, muitos estudiosos também se direcionam ao local para estudar a origem e a história destes materiais milenares, pois além de admirarmos a beleza formada pelo tempo e pelas transformações, esta é também uma oportunidade de realizar uma verdadeira viagem no tempo.
Depois de um bom tempo de caminhada chegamos em uma bifurcação. Em um lado podemos pegar o ônibus para ir embora e do outro continuamos a trilha para ver a Taça e dar a volta completa pelos Arenitos. Muitos preferem ver a Taça e depois voltar para pegar o ônibus, não fazendo a volta completa.
A Taça de Arenito é o principal atrativo da trilha e é um mirante bastante concorrido, especialmente para tirar fotos. A dica é: vá bem na frente do seu grupo ou bem no fim. O problema é que você pode acabar encontrando grupos de outros horários.
Caminhando pelo bosque a trilha fica com sombra durante todo o percurso. Porém, ela não tem tantos atrativos para contemplar. Esse trecho tem 1,7km de distância com vários degraus subindo e descendo, cerca de 500 degraus ao todo.
No final, ao invés de pegar o ônibus voltando para a sede, resolvemos ir andando já que não era tão longe, a paisagem era muito bonita e a gente ainda tinha um bom tempo para esperar até a saída do próximo passeio.
Furnas
Para chegar à área que corresponde às Furnas, é necessário pegar um ônibus que parte desde o centro de visitantes até onde se inicia o percurso da trilha. Entramos no ônibus às 13h30. Esse atrativo era mais distante, tivemos que sair do parque, pegar uma estrada e depois entrar por outra entrada que é só para este passeio.
No decorrer deste caminho, é possível estar em contato com a natureza em sua forma selvagem, pois animais estão convivendo em seu habitat com flores, vegetações e também com as pessoas.
É importante ressaltar que caso algum animal silvestre apareça, não é permitido alimentar ou interagir de forma invasiva com nenhuma espécie presente no parque, pois esta é uma forma de manter o espaço com o devido controle das espécies que ali habitam.
Após a realização da trilha, programa imperdível para quem não abre mão de aventura, grandes crateras poderão ser avistadas desde um ponto de observação, com vista privilegiada sobre o local.
Neste passeio, a primeira parada foi em Furnas 2, que possui um grande mirante para contemplação da lagoa no fundo da furna. Já na Furnas 1 existia um elevador que levava até o fundo dela, mas está interditado desde 2002, devido à danos ao meio ambiente. Tentamos achar um mirante para conseguir vê-la melhor, mas não tivemos muito sucesso já que ela tem uns 100 metros de profundidade.
Com centenas de metros de profundidade, é possível admirar as várias formações rochosas com grandes aberturas em seus topos, contendo em seus interiores a presença de água e um verdadeiro espelho d’água que reflete toda a natureza ao redor deste ambiente.
Lagoa Dourada
A mesma trilha que conduz os visitantes às Furnas também tem outro destino bastante famoso, a Lagoa Dourada.
Há quem diga que no passado a Lagoa Dourada também teve a mesma formação das Furnas (mas que está em processo terminal), ou seja, há milhões de anos este lugar também já foi uma imensa cratera com água em seu interior.
Ela já foi funda, mas foi assoreando e hoje a sua parte mais funda possui 5 metros e a mais rasa 40 cm. Atualmente, ela também funciona como aquário natural para reprodução de lambaris.
Entretanto, em função das intervenções naturais, o que podemos avistar hoje é o que ficava dentro das pedras, sendo assim, esta parte é uma visão antecipada de como o local virá a ser transformado com o passar do tempo.
Ao chegar na lagoa, é possível compreender porque ela recebeu este nome. Os reflexos em tons de verde e branco contrastam com o fundo dourado em função da coloração dos detritos localizados no solo.
O reflexo da luz solar realça as cores e cria um caleidoscópio natural entre tons de dourado e verde. É possível igualmente encontrar vida marinha no local, pois diversos de peixes podem ser avistados.
Outros atrativos próximos ao Parque Estadual de Vila Velha
Uma vez que você já estiver na cidade, vale a pena conhecer os arredores, pois há muito o que explorar sobre a natureza de Ponta Grossa.
Confira a seguir outras dicas sobre o que fazer nesta cidade que convida aos visitantes a conhecer a privilegiada natureza.
Buraco do Padre
Considerada como uma das cachoeiras mais bonitas do estado, o Buraco do Padre é uma cachoeira formada no interior de uma pedra, isso mesmo.
Por isso este lugar merece a sua visita, em função de ser um local único e certamente diferente de tudo o que você já viu. Para acessar o interior da fenda, é necessário seguir viagem até Campos Gerais.
Ao chegar na formação geológica de milhões de anos, será possível admirar a queda d’água de mais de 30 metros de altura, em um lugar com uma grande cratera em seu topo que permite a passagem de luz e faz com que este espetáculo possa ser visualizado.
O mais impressionante, contudo, é perceber que a água brota pelas pedras e escorre das imensas paredes de pedra, que forma um pequeno lago na parte de baixo.
Em função da baixa luminosidade, é indicado que o passeio seja realizado em dias bastante ensolarados para que os detalhes da paisagem não fiquem comprometidos.
Cachoeira da Mariquinha
Outra cachoeira com beleza ímpar é a Cachoeira da Mariquinha localizada também em Campos Gerais.
Localizada a pouco mais de 30 km do centro da cidade, esta cachoeira pertence a uma propriedade privada e por conta disso é cobrado um ingresso por pessoa para a visitação.
Após o pagamento, é necessário seguir caminho pela trilha e em seguida admirar em grande estilo o destino, uma queda d’água com mais de 30 metros cercada por mata virgem e que forma um lago ideal para se refrescar em dias de calor.
Cânion do Rio São Jorge
Pouco mais de 10 quilômetros separam esta atração do centro da cidade.
Para estar em contato com dezenas de cachoeiras que se formam em função da passagem do rio São Jorge, basta se dirigir à região para aproveitar as belas vistas, para se refrescar nas piscinas naturais que o rio forma, ou para realizar piqueniques em áreas que possuem infraestrutura de mesas, como no espaço destinado ao acampamento.
A vista do mirante é surreal e os visitantes podem esperar grandes momentos deste lugar que está entre os mais visitados da cidade.
Balneário Capão da Onça
Este berço das águas é formado por várias quedas d’água e piscinas naturais. Em dias de altas temperaturas o local costuma receber bastante gente que busca se banhar nas águas refrescantes das cascatas.
Para visitar este local é igualmente necessário realizar o pagamento de uma taxa por pessoa que garante o acesso às áreas naturais do parque e também dá direito a estacionamento.
Em seguida, basta seguir caminho pelas trilhas sinalizadas para encontrar inúmeras formações de piscina natural sobre as pedras e encontrar o ponto ideal para relaxar e aproveitar a paisagem.
Parque Histórico de Carambeí
Por ser uma grande referência à colônia holandesa no Brasil, Carambeí é uma homenagem ao centenário da imigração e conta com diversas áreas para conhecimento.
Entre elas está a sala principal do museu, a casa da memória com reprodução do estilo de vida e do convívio com animais animais e dos costumes dos imigrantes que por ali viveram durante anos, deixando registrada suas histórias.
Colônia Witmarsum
Outro lugar e exaltação à memória dos imigrantes é a colônia Witmarsum que brinda a passagem dos alemães que viveram na região.
Por ser uma colônia com menos de 2 mil habitantes, é possível estar de perto com as tradições preservadas, com a cultura e com as histórias que os moradores têm a contar sobre os antepassados que foram fundamentais no desenvolvimento desta região.
Cânion Guartelá
Por possuir mais de 25 km de extensão, este cânion é considerado como um dos maiores do Brasil e do planeta.
As origens do cânion se deram em função das erosões naturais ocorridas na região impulsionadas pela força das águas do Rio Tibagi.
O Parque do Guartelá é uma área de proteção ambiental que permite aos turistas o contato com a natureza e com a vista deslumbrante e panorâmica sobre as enormes paredes de pedra, vegetação e o rio na parte mais baixa da paisagem.
Recanto dos papagaios
Ideal para quem procura por programação com os amigos e a família, o Recanto dos Papagaios está localizado na cidade de Palmeira, nos arredores de Ponta Grossa.
O local possui áreas de convivência e espaço com infraestrutura para alimentação. Entre os pontos principais do recanto está a ponte tombada pelo patrimônio histórico erguida pelos trabalhadores alemães que viviam na região em decorrência da passagem do imperador.
Portanto, após conhecer tantos lugares encantadores no Paraná, tome nota destas sugestões e boa viagem em busca de novas aventuras!
