Trilha do Vulcão Lascar: O que fazer no Atacama – Chile (FT. Fui Gostei Trips) - Vamos Trilhar

Tempo de leitura: 4 minutos

No nosso sétimo dia de viagem pelo Deserto do Atacama, aumentamos um pouco a adrenalina e fizemos a trilha para o Vulcão Lascar.

Você curte as dicas que postamos aqui no blog? Então segue o @vamostrilhar no Instagram agora pra acompanhar as nossas trilhas e viagens!

Acordamos ainda de madrugada para começar nosso passeio. Saímos 5h30 do hostel para pegar o transporte da Fui Gostei Trips até o início da trilha.

Um dia antes de fazer a trilha houve uma mudança no local onde fica a entrada para a trilha, agora possui uma estrutura com banheiro (acredite, é muito importante) que você pode parar antes seguir até o ponto onde tomamos café da manhã. Tivemos que pagar 10.000 pesos chilenos por pessoa para poder fazer a ascensão, além do guia contratado.

Uma informação importante: depois deste ponto, só existe banheiro inca. Ou seja, tem que fazer suas necessidades no mato.

Depois de 1h20 de estrada chegamos até a Laguna Lejia, uma das mais bonitas que vimos em toda a viagem. O espelho d’água refletindo os vulcões ao fundo e os flamingos criavam uma paisagem digna de um quadro. Deste ponto já dava pra ver a fumaça saindo do topo do Vulcão Lascar.

Também aproveitamos para tomar café da manhã na beira da laguna e levamos o nosso chá de chachacoma para ajudar a amenizar os efeitos da altitude. O gosto não é muito agradável.

Depois do café, pegamos mais 30 minutos de estrada até a base do vulcão, onde começamos a trilha. Já estávamos há 4.914 metros de altitude.

Colocamos os equipamentos de segurança, capacete e bastões de caminhada, ouvimos as orientações do guia e nos preparamos para subir.

Com seus incríveis 5.600 metros de altitude, o Lascar (língua de fogo) é considerado o vulcão mais ativo do norte do Chile (última erupção em 2007), e pode ser visto de diversos pontos do Atacama, inclusive de San Pedro.

Já no início da subida o guia nos informou que a trilha era até a cratera do vulcão, que já é bem puxada. Caso o grupo estivesse bem fisicamente, poderíamos caminhar até o topo, mas levaria aproximadamente 1 hora a mais.

Começamos a subida andando a passos bem curtos, de formiga, para evitar que o coração acelere muito e você tenha problemas. O trajeto não é tão difícil, o grande fator de complicação é a altitude.

Vale ressaltar que o caminho inteiro é uma subida bem íngreme e vamos subindo em zigue zague, para o esforço não ser tão grande. É muito importante beber muita água durante todo o trajeto para ficar bem hidratado e abaixar a pressão do cérebro, pra evitar o soroche.

Depois de 1h18 de caminhada fizemos uma parada pra um breve descanso e lanche, estávamos 5.217 metros de altitude e o ar estava muito rarefeito. Estava difícil de respirar.

Sem dúvidas foi uma grande superação chegar lá em cima e é uma vista inacreditável. É muito lindo, é algo diferente de tudo que já havíamos visto na vida. Não conseguimos conter a emoção e choramos muito.

Levamos cerca de 3h48 minutos para percorrer todo o trajeto, que não sabemos ao certo quanto foi. O guia nos falou que foram 8km, mas acredito que estava brincando com a gente. Pelo que pesquisamos, foram 2,5 km percorridos de subida.

Não conseguimos ficar muito tempo próximo à cratera pois a dor de cabeça estava começando a aparecer e o cheiro de enxofre começou a ficar muito forte, já que a fumaça do vulcão começou a descer. Com isso, iniciamos a nossa descida.

Achamos que ia ser bem tranquilo, mas parecia que não ia acabar nunca. Foi nela que a dor de cabeça ficou mais forte. Sentia a cabeça latejando. Precisamos dar uma cochilada no carro pra aliviar.

Vale muito a pena cada perrengue passado, repetiria com certeza tudo isso, mas com mais preparo físico. Antes de fazer essa trilha recomendo que busque orientações médicas para evitar surpresas. Pessoas já morreram neste local.

Confira o vídeo: