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Um dos mirantes mais encantadores do Rio de Janeiro é também um dos atrativos mais curiosos para os amantes de fotografias de aventura e natureza. A gente foi conhecer a Pedra do Telégrafo em uma parceria com a Kmon Adventure.
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Sobre a Pedra do Telégrafo
A famosa rocha que aventureiros tiram fotos em que parecem estar pendurados no abismo é conhecida como Pedra do Telégrafo, porém não é este seu nome verdadeiro, como vamos mostrar a seguir junto com dicas para você aproveitar o melhor deste atrativo.
Sobre o Parque Estadual da Pedra Branca
A Pedra do Telégrafo é um dos principais atrativos do Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB) e fica no setor das Praias Selvagens. Esse parque é um dos maiores do mundo, tem 12.500 hectares e 10 entradas pelos diferentes núcleos.
O ponto mais alto da cidade carioca fica no PEPB, com 1.025 metros de altitude, que pode ser visto de alguns pontos em Bangu, Campo Grande e Jacarepaguá. A cor de rosa a clara dessa rocha deu o nome de Pedra Branca, que abriga variada biodiversidade.
Há mirantes impressionantes no PEPB, como na verdadeira Pedra do Telégrafo.
A trilha para a Pedra do Telégrafo
A trilha para a Pedra do Telégrafo sobe 356 metros de altitude, leva em média 1 hora, exigindo condicionamento físico para percorrer os 1.880 metros de ida.
No caminho há acessos sinalizados para as incríveis Praias Selvagens de Guaratiba e para a Pedra da Tartaruga. Próximo da Pedra do Telégrafo há um mirante que dá ideia do que vamos admirar mais acima.
Indicamos que vá pela manhã, tanto pelo tempo estar mais ameno quanto para retornar com segurança ainda no período com luz solar.
Pedra da Bigorna ou Pedra do Cavalo?
O principal atrativo dessa área é a falsa Pedra do Telégrafo. Seu nome verdadeiro é Pedra do Cavalo, da Bigorna ou do Abismo.
Outras rochas mais baixas no entorno são facilmente escaladas e também apresentam vistas para paisagens impressionantes.
Os lugares mais identificados na paisagem da Pedra do Cavalo são a Praia de Grumari, as Praias Selvagens de Guaratiba e as Pedras da Gávea e do Pontal.
Ilusão de ótica
As fotos na Pedra do Cavalo parecem loucura, mas tudo tem explicação. A rocha que nos seguramos tem uma ponta virada para o penhasco. Logo 50 cm abaixo há um platô, onde ficamos em pé e podemos nos pendurar na ponta da rocha.
Parece fácil, mas não é bem assim. Logo ao lado do platô está o precipício, por isso é importante ter muito cuidado e atenção para tirar fotos com segurança.
Com o enquadramento certo da foto podemos mostrar somente a área da ponta da rocha, dando a impressão de que não há nada por perto ou em baixo. Muito cuidado aqui, pois passos em falso podem levar precipício abaixo.
Fila pra tirar foto
Lembre que este é um atrativo muito visitado no Rio de Janeiro, vale a pena se programar para ir em dias de semana se possível, ou saber que pode enfrentar fila de até 2 horas para tirar a foto imperdível.
No período da tarde a luminosidade é maior na área da famosa foto.
Pôr do sol
Poucos metros acima da Pedra do Cavalo há um pequeno mirante com vista para oeste onde podemos admirar o sol se pondo após a encantadora Restinga de Marambaia.
A verdadeira Pedra do Telégrafo
A verdadeira Pedra do Telégrafo teve nome dado por moradores locais em relação a uma estação militar de monitoramento da costa que lá funcionava durante a Segunda Guerra Mundial e a comunicação era via rádio.
Uma bandeira do Brasil marca a Pedra do Telégrafo, que fica poucos metros acima da mais famosa. Para chegar no seu topo é necessário escalar com equipamentos adequados.
Como chegar no início da trilha?
A trilha para a Pedra do Abismo, Bigorna ou Cavalo é conhecida como Caminho dos Pescadores. Inicia na Estrada da Barra de Guaratiba, no meio da Praia Grande, em Barra de Guaratiba, bairro da zona oeste carioca.
Para quem vai de ônibus deve pegar linha de Campo Grande para Barra de Guaratiba (para quem sai da zona oeste) ou BRT da Barra da Tijuca para a estação Ilha de Guaratiba e dali outro ônibus para Barra de Guaratiba. Descer no ponto final na Praia Grande.
Para quem vai de carro e sai da zona oeste deve seguir em direção à Barra da Tijuca, entrar em Guaratiba e seguir até a Praia Grande. Para quem sai do Centro ou da Barra da Tijuca deve seguir para o Recreio dos Bandeirantes, Prainha, Grumari e por fim, Barra de Guaratiba; ou seguir pela orla até próximo do início da trilha, onde pode-se estacionar próximo da corrente que impede a passagem de carros. No verão, fins de semana e feriados faltam vagas, por isso programe sua visita.
Não há sinalização do início da trilha. Indicamos que vá acompanhado de quem o conheça, de ferramentas para localização, que se informe nos quiosques e com a população local e/ou que fique atento às dicas a seguir.
O caminho inicia na escadaria da Igreja Nossa Senhora das Dores, em frente a Praia Grande. Após a igreja há setas amarelas na escada e pegadas da Trilha Transcarioca que vamos seguindo.
A partir do topo da escada, placas de madeira indicam como ir para a Pedra do Telégrafo. Siga atento com as encostas, pois já ocorreram acidentes nesse trajeto.
O que levar para a trilha?
O planejamento é fundamental para visitar a Pedra do Telégrafo e entorno. Sem dúvidas que as câmeras fotográficas ou celulares são indispensáveis para tirar a famosa “foto do abismo”.
Além disso, indicamos que leve protetor solar, boné, óculos, repelente contra insetos, água e alimentos, que podem ser comprados no bairro antes da trilha. Roupas confortáveis são indicadas.
Quem pretende aproveitar o dia pela área, vale a pena usar ou levar roupas de banho, pois as praias selvagens estão logo ali. Fique atento com o horário, pois após o entardecer fica escuro na trilha que segue em mata fechada.
Quem prefere maior comodidade e segurança na visita turística pode seguir acompanhado de guia credenciado. Há opções online e no próprio bairro de Guaratiba.
