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O Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET) foi criado em 1991 após pressão da sociedade civil para a proteção de sua área. Foi ampliado em 2008 com o Morro das Andorinhas e parte da lagoa de Itaipu e em 2012 com outras áreas, totalizando 3.493 hectares.
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Essa região era ocupada por indígenas de tribos Tamoios, que posteriormente foram catequizados pelos jesuítas. Atualmente mantém populações tradicionais e áreas verdes de Mata Atlântica dos tipos baixo montana ou submontana.
O PESET é um dos principais parques do Estado do Rio de Janeiro para contemplação da paisagem e da biodiversidade e para a prática de esportes ao ar livre, como escalada, highline, rapel e trekking.
Parque Estadual da Serra da Tiririca
O Parque Estadual da Serra da Tiririca é dividido em cinco setores: Serra da Tiririca, Lagunar, Darcy Ribeiro, entorno do Parque e Ilha Mãe. Tem parte marinha e outra terrestre (cadeia de montanhas de sudoeste para nordeste), com dunas e restinga próximas da Lagoa de Itaipu.
Sofre pressão imobiliária constante, além de impactos do despejo irregular de resíduos, da soltura de balões, da extração mineral, da captura de animais silvestres e da remoção ilegal de plantas.
Entre os objetivos dessa unidade de conservação de proteção integral estão a conservação da biodiversidade, a sustentabilidade no uso de recursos naturais com educação ambiental, a amenização do clima, a redução de erosão e de impactos nas espécies, nos ecossistemas, nas paisagens, nos sítios arqueológicos e o estímulo a pesquisas e a visitação responsável.
São espécies comuns do PESET: o cipó-escada-de-macaco (Bauhinia smilacina (Schott) Steudel), o caiapiá (Dorstenia arifolia Lam.), o palmito jussara (Euterpe edulis Mart.) e o pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.).
Trilhas do Parque Estadual da Serra da Tiririca
São muitas opções de caminhada na natureza no Parque Estadual da Serra da Tiririca, apresentadas no guia “Trilhas do Parque Estadual da Serra da Tiririca”. Esse livro foi lançado em 2016 com informações históricas, da biodiversidade, do clima, da geologia, de seguranças e regras para a conservação do parque.
As trilhas mais conhecidas do setor da Serra da Tiririca são da Pedra do Elefante, do Costão de Itacoatiara, da Enseada do Bananal, do Córrego dos Colibris, do Caminho de Darwin, o túnel ferroviário e dos Morros do Catumbi e das Orações.
No setor Lagunar há as trilhas os Morros da Peça e das Andorinhas e o Circuito Volta da Lagoa de Itaipu. No setor insular há a trilha da Ilha da Mãe.
No setor Darcy Ribeiro a travessia da Vila Progesso para Serra Grande. E no setor do Entorno encontramos as trilhas da Pedra de Itaocaia e das Ilhas Maricás. A seguir vamos apresentar alguns detalhes sobre as trilhas mais comentadas do PESET.
O Costão de Itacoatiara tem a trilha mais visitada do parque, por causa da vista incrível para praias e montanhas tanto no sentido Rio de Janeiro quanto Maricá. Ainda, sua proximidade da praia de Itacoatiara encanta os visitantes banhistas e surfistas (principalmente bodyboard), ou que vão somente tomar sol. Na comemoração de 25 anos do PESET em 2016 foi implementado o controle do acesso ao costão, limitando a 200 pessoas por vez para reduzir os impactos da visitação de massa.
Uma trifurcação na trilha do costão leva para a Pedra do Elefante, ou Alto Mourão, que é o ponto mais alto do PESET com 450 metros de altitude, com rocha que tem formato da cabeça de um elefante com tromba. Do topo podemos ver o litoral de Maricá.
No outro caminho da trifurcação, também é possível chegar até a Enseada do Bananal, onde as pessoas praticam rapel. Nós já fizemos e recomendamos bastante, mas tem que ser feito com guias certificados!
Como alternativas menos visitadas são indicadas as trilhas do Córrego dos Colibris, do túnel ferroviário e do Morro do Catumbi.
O Caminho de Darwin tem uma trilha imperdível que foi percorrida pelo evolucionista Charles Darwin em 1832. São 2,5 km que podemos ver a Pedra de Itaocaia em Maricá.
O Morro da Peça tem uma das trilhas mais fáceis do parque. São 300 metros de subida leve que leva para um ponto com vista para a lagoa de Itaipu.
O Morro das Andorinhas é outra opção considerada fácil. São 800 metros, passando por comunidade caiçara de Itaipu e por mirantes com vistas para as praias de Itaipu e de Itacoatiara.
A trilha da Ilha da Mãe é curta, exposta ao sol e exige que os visitantes passem em alguns pontos por escalaminhada. Seu acesso é pela praia de Itaipu de onde saem barcos para essa e outras ilhas. Indicamos que faça a reserva antecipada com a colônia de pescadores do bairro, ou carregue, ou alugue caiaque, canoa, SUP ou outro meio que passe os 2,3 km de água. Nessa ilha é encontrada a rara ave tiê-sangue (Ramphocelus bresilius), que tem cor vermelha intensa, cobiçada por apanhadores e criadores ilegais.
A travessia entre a Vila Progresso e a Serra Grande tem 5,1 km de extensão de trilha erodida que atravessa o setor Darcy Ribeiro de oeste para leste.
Nas Ilhas Maricás também encontramos trilhas impressionantes. As embarcações saem da praia de Itaipuaçu e levam em média 40 minutos para ultrapassar 4,8 km de mar. Podemos visitar tanto um farol que está a 64 metros de altitude como o ponto mais curioso dessas ilhas, o Cemitério dos Crustáceos. Nesse local as rochas ficaram forradas por conchas e pequenos crustáceos, que ficaram presos após serem trazidos pela maré.
Como chegar
O PESET está localizado na região litorânea de Niterói e Maricá, tendo como limite a rodovia RJ-106, que é sinuosa e muito movimentada. Se for de carro, dirija com cuidado.
A sede administrativa do parque fica na Rua Domingues Mônica Barbosa, lote 4, sem número, no Recanto de Itaipuaçu, em Maricá.
O núcleo Itacoatiara permanece aberto aos fins de semana e feriados com o posto de recepção ao visitante na Rua das Rosas, número 24, em Itacoatiara, Niterói.
Das estações das barcas e do centro de Niterói há linhas de ônibus tanto para a sede em Maricá quanto para o posto de recepção em Itacoatiara.
Dicas para viajantes
O PESET tem equipe de condutores cadastrados e treinados pelo Instituto Estadual do Ambiente para apresentar as maravilhas do parque e manter tanto a segurança dos visitantes quanto a natureza através do ecoturismo.
Há opções de hospedagem e alimentação tanto em Itacoatiara quanto em bairros próximos.
