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Como falei no post anterior sobre o Pico do Perdido, as trilhas para o Pico do Perdido (Pico do Grajau ou Pedra do Andaraí) ainda são pouco conhecidas pelo público em geral e nelas existem pequenas cachoeiras e riachos para se refrescar. A trilha não é considerada difícil, mas também é fácil de se perder nela. No dia mesmo que eu fui a primeira vez, tinha um grupo seguindo um caminho que na verdade era erosão do solo devida a chuva, portanto fique atento.
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Você pode chegar ao Pico do Perdido de duas maneiras: Travessia Alto da Boa Vista x Grajaú e Rua Marianópolis. Eu já fiz pelos dois caminhos e o da Marianópolis é muito mais curto que o da Travessia, portanto falarei sobre esta via neste post.
Ficha técnica
Localização: Parque Nacional da Tijuca – Setor A, Grajaú, Rio de Janeiro, RJ.
Nível: Leve com escalaminhada.
Tempo: Aproximadamente 1:30 hora.
Altitude: 444 metros.
Atrativos: Vista e cascatas.
A trilha
O Pico do Perdido fica no Setor A do Parque Nacional da Tijuca e ainda é pouco conhecido. Já pensou em explorar um lugar que ainda não está tão cheio como a Pedra da Gávea e a Pedra Bonita, e com uma vista bem diferente da cidade, de um ângulo bem diferente, mostrando a selva de pedra que é a Zona Norte do Rio de Janeiro?
Para chegar até a base do Pico do Perdido é bem tranquilo, tirando o fato de que a trilha não é tão bem sinalizada. Você vai caminhar aproximadamente 1 hora e então encontrará uma pequena parede de escalada que é denominada de “Carrasqueirinha”. Passado este ponto, você chegará ao seu destino final.
Início da trilha
A trilha pela Rua Marianópolis começa logo depois do portão que marca a entrada do Parque da Tijuca, pelo Grajaú. Se for de carro, não o deixe estacionado nesta rua, perto da entrada do Parque, deixe nas ruas mais de baixo e suba a pé, pois costumam rebocar os carros que estão por ali.
O início da trilha não está bem sinalizado e conservado, mas, mesmo assim, é uma trilha bem agradável. A dica é você sempre ir beirando o Rio Perdido, assim diminui o risco de você seguir um caminho diferente. Não sabe se tá indo pro caminho certo? Procure o rio!
Subindo até a base
Seguindo o caminho perto do Rio Perdido, você encontrará várias árvores com as raízes para fora, desfiladeiros, muitas rochas, cascatas e as ruínas de uma antiga fazenda cafeeira chamada de Vila Rica e que fez parte da época que a Floresta da Tijuca foi quase toda destruídas pelas plantações, no século XIX.
Quase 1 hora depois de você começar a subida, você já começará a ver o ponto mais alto do Pico do Perdido. Siga para a direita, você vai passar por uma vegetação com mato muito alto e que corta bastante, procure se proteger para não ter aqueles micro cortes que ardem bastante. Em pouco tempo você se deparará com um paredão de pedra, chamado Carrasqueirinha, onde fará a escalaminhada para o cume.
Carrasqueirinha
De cara, quando você olha para aquela parede, dá um certo medo. Eu recomendo que você faça essa trilha com guias credenciados, que levem corda para te auxiliar na subida, caso não tenha experiência básica com montanhismo. Na Carrasqueirinha, não existe espaço para erro, se você cair pode se machucar muito feio.
Antes de fazer a subida, entre em um caminho a direita. Você encontrará um local ótimo para fazer um descanso, tem sombra e uma bela vista das montanhas do Parque da Tijuca. Recupere as energias, enfrente seus medos e suba, vai valer a pena! Vencendo essa barreira, você chegará ao seu objetivo.
Topo do Pico do Perdido
Chegando ao topo, se você mora na Zona Norte do Rio de Janeiro, a primeira coisa que você vai fazer é procurar a sua casa. Do alto dos 444 metros de altitude é possível ver grande parte da Zona Norte, com destaque para Grajaú, Vila Isabel, Riachuelo, Lins, Engenho Novo, Cachambi e Méier.
Além isso você ainda verá as principais montanhas da cidade, como Pico da Tijuca, Tijuca Mirim e Andaraí Maior, de um ângulo pouco admirado por outros olhos. Sem contar que ainda pode ver o Sumaré, o Morro do Elefante, o Centro da Cidade, a Baía de Guanabara, um pouquinho de Niterói, da Baixada Fluminense e a Serra dos Órgãos, quando o dia tem boa visibilidade.
Passadinha no Morro do Elefante
Se você ainda tiver fôlego, no final você pode tentar dar uma esticada até o Morro do Elefante, que também tem uma vista bonita. Mas saiba que são aproximadamente mais 1:30h de caminhada, com trechos bem escorregadios, acentuados e irregulares. Eu mesmo cai algumas vezes, tenho até filmado. Se for pra lá, certifique-se que seu calçado não está gasto, caso contrário prevejo muitos tombos.
Descida
Na descida, não esqueça de dar uma passadinha nas cascatas que você viu lá no início da trilha, uma delas é a Cachoeira do Perdido (Mãe D’Água). Refresque-se e reponha suas energias, não tem nada melhor que terminar uma trilha com um banho geladinho de cachoeira.
Confira o vídeo desta trilha:
